Cartaz
Pode dizer-se que a história do cartaz é coincidente com a própria história do Homem. A sua evolução reflete com rigor a tecnologia, a estética e o pensamento de cada época. Sabe-se, por exemplo, que os primeiros exemplares da história tiveram a pedra como suporte, em cujas superfícies eram esculpidas as mensagens imanadas pelo poder. Com o aparecimento do pergaminho e do papiro efetiva-se a sua portabilidade. Mas, será o papel, inventado pelos chineses, que lhe confere, séculos mais tarde, um estatuto de grande difusão. A redescoberta da imprensa móvel, por Gutenberg, em meados de quatrocentos, e a descoberta da litografia, em 1796, por Aloys Senefelde, são dois marcos indeléveis na história do cartaz. Estavam, pois, criadas as condições para que evoluísse e atingisse o estatuto de grande e, por vezes, único media.
Pode dizer-se que a história do cartaz é coincidente com a própria história do Homem. A sua evolução reflete com rigor a tecnologia, a estética e o pensamento de cada época. Sabe-se, por exemplo, que os primeiros exemplares da história tiveram a pedra como suporte, em cujas superfícies eram esculpidas as mensagens imanadas pelo poder. Com o aparecimento do pergaminho e do papiro efetiva-se a sua portabilidade. Mas, será o papel, inventado pelos chineses, que lhe confere, séculos mais tarde, um estatuto de grande difusão. A redescoberta da imprensa móvel, por Gutenberg, em meados de quatrocentos, e a descoberta da litografia, em 1796, por Aloys Senefelde, são dois marcos indeléveis na história do cartaz. Estavam, pois, criadas as condições para que evoluísse e atingisse o estatuto de grande e, por vezes, único media.
O cartaz
tem suas raízes no renascimento. "O primeiro cartaz
conhecido é de Saint-Flour, de 1454, feito em manuscrito, sem imagens"
(CESAR, 2001). Mas é a partir do uso da técnica da litografia, na segunda metade do século XIX, que o cartaz passa a ter uma estrutura
reconhecível como peça de publicidade. Jules Chéret e Alphonse Mucha, na França, ou J. H. Bufford e Louis Prang, nos
Estados Unidos, foram grandes designers gráficos que se dedicaram especialmente aos cartazes e
tiveram um papel importante no seu desenvolvimento. Nessa época artistas
plásticos de renome se dedicaram ao cartaz, como Toulouse-Lautrec entre outros.
No século
XX o cartaz teve um papel importante no design
moderno. O design russo foi
influente na evolução do cartaz europeu moderno e na escola de design alemã, a Bauhaus. O cartaz russo se caracterizou pelo envolvimento com
as vanguardas artísticas e a propaganda do governo soviético.
Os
cartazes construtivistas do designer
El Lissitzky são bons exemplos das mudanças estéticas da
época, com o uso de formas geométricas, cores puras (como o vermelho e o preto),
tipografia sem serifa e de montagens fotográficas.
Das
vanguardas europeias à desconstrução pós-modernista o cartaz
manteve uma renovação constante, sobrevivendo ao surgimento de novas mídias,
como a televisão no pós-guerra.
Valentino (1886) de Jules Chéret terá sido o primeiro
cartaz impresso. O autor, considerado o pai do cartaz moderno, deixou uma vasta
obra. O caso presente indicia o elevado carácter dinâmico da sua obra: o
palhaço e as raparigas parecem saltar para fora do cartaz, efeito que acentua a
inscrição curvada e nos sugere um cartaz tridimensional.
Champfleury - Les Chats (1896), cartaz de Edouard Manet. Completamente
à margem da corrente dominante da época, esta obra é o prelúdio do cartaz dos
nossos dias: grande enfoque no motivo principal a comunica, redução dos
detalhes ao mínimo e integração de texto e imagem, resultando numa obra de
fácil leitura.
Adriano Ramos Pinto (1859-1927) fundou a Casa Ramos Pinto
com 21 anos. Desde cedo fez notar que a imagem é imprescindível
para o sucesso empresarial (lembre-mo-nos que estamos no séc. XlX).
Encomendou vários trabalhos (cartazes) a alguns dos mais famosos cartezistas
da época.
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